domingo, 27 de maio de 2012

POLÍTICA CURRICULAR/AGENTES CURRICULARES


Abordando currículo como construção social e política cultural, nos colocamos em reflexão sobre algumas questões:

- Quem define o currículo?
Seria ingênuo pensar que o currículo nasça simplesmente da escola (professores,alunos).É claro que devemos ser necessariamente sujeitos da produção,elaboração, seleção e execução do currículo.Somos agentes importantíssimos, porém é preciso levar em conta a força que o Estado e os grandes organismos internacionais tem em sua formulação.
-Qual é a intencionalidade?
Entendendo o currículo como um instrumento político de poder,podemos afirmar que ele não é neutro.A conotação de neutralidade que nos foi passada é falsa.Fomos formados nesta ideia de neutralidade.
Para Ball (2006, p.26)”...políticas colocam problemas para seus sujeitos,problemas que precisam ser resolvidos no contexto(...),respostas que precisam,na verdade,ser criativas.(...)As políticas normalmente não nos dizem o que fazer,elas criam circunstâncias...Tudo isso envolve algum tipo de ação social...”
-O que ele faz conosco?
O currículo constrói sociedades, portanto somos resultado dele.Isto é muito sério e nos faz questionar enquanto agentes sobre o que estamos fazendo para manter ou modificar o que está posto.
Muitas reformas curriculares vêm sendo realizadas ao longo do tempo e é preciso concordar com Aplle, como comentado pelo professor Juares em sala, quando sugere que “na modernidade se faz muitas reformas de currículo, todas elas para ficar como está.”
-Mas o que fazer?
Para responder esta questão usarei um comentário realizado pelo professor Juares, na aula de 11/05: "Olhar o passado,discutir o presente e definir o futuro.”

Referência:
BALL,  Stephen J. Sociologia das políticas educacionais e pesquisa crítico social em educação. In: Currículo sem Fronteiras, n°2, V.1, dez, 2006.

terça-feira, 8 de maio de 2012

Aulas dos dias 27/04 e 04/05


 Nas aulas do dia 27/04 e 04/05 iniciamos a discussão sobre as Políticas Curriculares para a Educação Básica e a Educação Integral. Analisamos as resoluções N.4 e N.7 do Conselho Nacional de Educação e livros do Projeto Mais Educação ( MEC ).
 Quando pensamos currículo nos reportamos aos: saberes/espaços/tempos/sujeitos; então para “fazer” currículo é preciso ter intencionalidade, considerar as várias dimensões e os diversos agentes que o compõem com papéis e interesses próprios. Esta é uma ação política e toda política educativa se refere a questões curriculares.
 O currículo se materializa por meio de ações articuladas através do planejamento, avaliação, gestão e ensino.
A política educacional para a educação básica tem a gestão democrática num regime de colaboração entre os sistemas municipais, estaduais e federais como eixo norteador. Além da formação para a cidadania; base curricular nacional comum; vencer o analfabetismo; considerar a diversidade cultural; assegurar a escolha de abordagem didático-pedagógica disciplinar, pluridisciplinar, interdisciplinar ou transdisciplinar pela escola .
 Surge um novo conceito: redes de ensino/redes de aprendizagem. Além do foco principal da qualidade ser o de educar e cuidar. E o “cuidar” passa a ser mais uma função atribuída à escola.
 Ao trabalhar com o material do Programa Mais Educação entendemos que ele tem ação indutora por parte do Estado através da intersetorialidade e governança para a implementação da educação integral e conta com ações de diversos ministérios, desta forma a educação não é mais responsabilidade exclusiva da escola, ganhando um âmbito ainda mais social.
 Conhecendo a pesquisa realizada com trinta e sete escolas de redes municipais no Brasil, pude aproximar os exemplos citados como o que desenvolvemos na escola. É preciso lembrar que o que foi apontado como “boas práticas” tem que ser considerado o contexto e o momento em que são vivenciadas estas experiências. O que todas as redes analisadas demonstram é que são orientadas por um propósito comum –a  aprendizagem – num trabalho dinâmico de troca e fluxo de informações gerando um compromisso de toda comunidade. O aluno passa a ser visto como “aluno da rede” e não só de determinado professo ou escola. O professor é parte da equipe da escola e da rede, gerando um clima de engajamento e responsabilidade.
 É assim que buscamos trabalhar na escola em que atuo. Os alunos que participam do período integral são alunos de “todos”. Todos enquanto escola, temos que ter ações que contribuam para oportunizar o desenvolvimento integral destes.
 Na pesquisa citada anteriormente são apresentadas quatro atitudes em comum das escolas participantes: atenção, capricho, abertura e solidariedade.
 Comparo estas atitudes com as que buscamos desenvolver na escola, porém substituindo os itens em ordem de apresentação por: compromisso, persistência, ousadia e engajamento.
 Nos dez pontos principais destacados na pesquisa, é possível citar o currículo como princípio fundamental para assegurar o direito à aprendizagem através de: espaços de planejamento contínuo, definição de metas coletivas, experiências, metodologia, democratização da gestão, formação continuada, combate a repetência e avaliação.
 Vejo que esta forma de se “fazer” currículo não é uma tarefa fácil, mas imprescindível de ser iniciada e colocada em prática o mais rápido possível.
 Então vamos nos instrumentalizar parar melhor atuar.

sábado, 5 de maio de 2012

Sejam todos bem-vindos!


(...) Pra se entender
Tem que se achar
Que a vida não é só isso que se vê
É um pouco mais
Que os olhos não conseguem perceber
E as mãos não ousam tocar
E os pés recusam pisar
Sei lá, não sei...
(Hermínio Belo de Carvalho e Paulinho da Viola)