Nas aulas do dia 27/04 e 04/05 iniciamos a
discussão sobre as Políticas Curriculares para a Educação Básica e a Educação
Integral. Analisamos as resoluções N.4 e N.7 do Conselho Nacional de Educação e
livros do Projeto Mais Educação ( MEC ).
Quando pensamos currículo nos reportamos aos:
saberes/espaços/tempos/sujeitos; então para “fazer” currículo é preciso ter
intencionalidade, considerar as várias dimensões e os diversos agentes que o
compõem com papéis e interesses próprios. Esta é uma ação política e toda
política educativa se refere a questões curriculares.
O currículo se materializa por meio de ações
articuladas através do planejamento, avaliação, gestão e ensino.
A política
educacional para a educação básica tem a gestão democrática num regime de
colaboração entre os sistemas municipais, estaduais e federais como eixo
norteador. Além da formação para a cidadania; base curricular nacional comum;
vencer o analfabetismo; considerar a diversidade cultural; assegurar a escolha
de abordagem didático-pedagógica disciplinar, pluridisciplinar,
interdisciplinar ou transdisciplinar pela escola .
Surge um novo conceito: redes de ensino/redes
de aprendizagem. Além do foco principal da qualidade ser o de educar e cuidar.
E o “cuidar” passa a ser mais uma função atribuída à escola.
Ao trabalhar com o material do Programa Mais
Educação entendemos que ele tem ação indutora por parte do Estado através da
intersetorialidade e governança para a implementação da educação integral e
conta com ações de diversos ministérios, desta forma a educação não é mais
responsabilidade exclusiva da escola, ganhando um âmbito ainda mais social.
Conhecendo a pesquisa realizada com trinta e
sete escolas de redes municipais no Brasil, pude aproximar os exemplos citados
como o que desenvolvemos na escola. É preciso lembrar que o que foi apontado
como “boas práticas” tem que ser considerado o contexto e o momento em que são
vivenciadas estas experiências. O que todas as redes analisadas demonstram é
que são orientadas por um propósito comum –a aprendizagem – num trabalho dinâmico de troca
e fluxo de informações gerando um compromisso de toda comunidade. O aluno passa
a ser visto como “aluno da rede” e não só de determinado professo ou escola. O
professor é parte da equipe da escola e da rede, gerando um clima de
engajamento e responsabilidade.
É assim que buscamos trabalhar na escola em
que atuo. Os alunos que participam do período integral são alunos de “todos”.
Todos enquanto escola, temos que ter ações que contribuam para oportunizar o
desenvolvimento integral destes.
Na pesquisa citada anteriormente são
apresentadas quatro atitudes em comum das escolas participantes: atenção,
capricho, abertura e solidariedade.
Comparo estas atitudes com as que buscamos
desenvolver na escola, porém substituindo os itens em ordem de apresentação
por: compromisso, persistência, ousadia e engajamento.
Nos dez pontos principais destacados na
pesquisa, é possível citar o currículo como princípio fundamental para
assegurar o direito à aprendizagem através de: espaços de planejamento
contínuo, definição de metas coletivas, experiências, metodologia,
democratização da gestão, formação continuada, combate a repetência e
avaliação.
Vejo que esta forma de se “fazer” currículo
não é uma tarefa fácil, mas imprescindível de ser iniciada e colocada em
prática o mais rápido possível.
Então vamos nos instrumentalizar parar melhor
atuar.
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